(e o que eu aprendi a ler este calhamaço de 1 260 páginas)
Neste inicio de ano, decidi retomar a saga do Carlos Ruiz Zafon, "O Cemitério dos Livros", e no terceiro livro ("Prisioneiro do Ceu") por várias vezes se menciona o livro d' O Conde de Monte Cristo. Aliado a ter já ouvido por várias vezes falar deste livro, pensei que era uma óptima seguinte leitura para fazer e então descarreguei para o meu kobo.
Confesso que paniquei um pouco quando vi que tinha mais de 1 000 páginas.
O meu pânico tem precedentes. Apesar de já ter lido calhamaço, acho que o livro maior que li devia rondar as 700 ou 800 páginas e se é verdade que não devíamos escolher um livro pelo tamanho, a verdade é que ao abrir o Conde assustei-me um pouco.
Este é um livro escrito em 1844, o único livro que li, desta dimensão e escrito por esta altura, foi "Os Miseráveis" (Victor Hugo, 1862) que desisti a meio porque - não vamos estar com meias palavras - foi uma seca.
Assim que comecei O Conde, adorei a história. A escrita é mesmo muito diferente da dos Miseráveis e talvez por ter sido publicado originalmente em formato folhetim, deixa sempre um gancho que nos faz querer saber mais e mais e mais. Apesar de ter partes mais lentas e que considerei menos interessante, sinto-me super interessada na leitura e a querer ler mais e saber tudo.
Porém, confesso que aquele big book fear me assombra algumas vezes. Por ser uma leitura mais lenta, por parecer que nunca mais acaba, por querer ler outra coisa completamente diferente... por vezes, uma vozinha na minha cabeça diz-me para começar a ler outra coisa e ler os dois ao mesmo tempo mas logo a calo, porque sei que se pouso O Conde não volto a ele e... caramba, até estou a gostar! Porque é que hei de ter pressa de o terminar, de querer outra coisa...
Sei que quando acabar este livro, vou sentir-me orgulhosa (por mais estranho que pareça) de ter preserverado e que me vai deixar mais confortável, de futuro, a ler livros igualmente grandes (na fila está já o Guerra e Paz).
Já sentiram este big book fear?
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