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quarta-feira, 22 de novembro de 2017

citações #2

"Eu queria dizer: Tu és assim para o extraordinário; quer dizer, muitíssimo estranha mas também extraordinária, mas em vez disso disse: 
- Que pecados é que uma rapariga de 17 anos cometeu para precisar ser absolvida?"

- in A Quimica dos nossos Corações, Krystal Sutherland

domingo, 19 de novembro de 2017

Opiniões #13: Cartas Vermelhas #LerOsNossos

Título: Cartas Vermelhas
Autor: Ana Cristina Silva
Páginas / Ano: 270 / 2011
Editora: Oficina do Livro
Descrição aqui


Ora bem,cá volto eu com uma opinião (4 anos depois) e com um livro que se encaixa no projecto criado pelo blog A Mulher Que Ama Livros, #LerOsNossos.

Já tinha aqui este livro, "Cartas Vermelhas" da escritora portuguesa Ana Cristina Silva, na estante há algum tempo mas motivada por este projecto, lá fui eu pegar nele. Acho que devo desde já avisar que esta opinião pode conter spoilers!!!!

Este livro é o relato da história de vida de uma militante do partida comunista, desde a sua chegada a Lisboa até à altura em que conta cerca de 40 anos. É um livro dentro de um livro, já que a narradora é a própria - a Carol -, e vai contando a sua vida à filha.

A minha relação com este livro foi estranha. Por um lado, a frase na capa (citando: "História de uma militante comunista que se apaixonou por um agente da PIDE") deixava-me super entusiasmada por ler sobre um amor proibido, mas por outro lado, ao ler página após página verifiquei que isso não acontecia. E agora que acabei o livro, e reflectindo sobre ele, este era um livro sobre uma mulher em busca dela própria e em busca do perdão para as suas acções.... o namoro com o agente da PIDE não era a história. De facto, durou tipo 10 segundos.

Achei que faltou emoção neste livro. Quando o li, não conseguia justificar nenhuma acção da Carol, principalmente o deixar a filha, o continuar no partido depois de tudo (isto não é sequer spoiler. É dito na 1ª página!)... por outro lado, algumas vezes sentia-me tão mal, que largava o livro porque não queria ver aquela tragédia desenrolar-se, sentia como se eu própria estivesse na história e a quisesse parar.

Uma coisa que não gostei nada é que a autora conta o que vai acontecer. Ou seja, está a narrar o momento presente mas a dizer o que acontece de futuro. Então quando a Carol se envolvia com alguns homens dizia: "Fui ter com fulano tal, ele recebeu-me com palavras belas muito diferentes das que diríamos no futuro, em que nos arrasaríamos e acabaríamos com a vida um do outro.".... coisas assim.

Foi um livro que me custou a ler, apesar das poucas páginas, mas que me fez sentir qualquer coisa e por isso leva 3 estrelas!

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

tu és trevo de quatro folhas


(numa tentativa de dar nova vida ao blog)