Título: Uma Chama Entre Cinzas Autor: Sabaa Tahir Páginas / Ano: 446 / 2015 Descrição aqui |
Para ser bem, bem sincera, eu já acabei de ler este livro no inicio da semana passada mas com o trabalho e tudo mais, não tenho tido tempo de escrever no blog a não ser aos fins de semana (posts planeados rule!!!) mas desde então tenho andado maluquinha para vos contar coisinhas sobre este livro!
Então, como sabem no inicio estava assim um bocado apreensiva com este livro. Muitos nomes estranhos (sempre o meu maior problema nas distopias, visto que não decoro metade dos nomes e ando sempre um bocado à toa na história) e aquele plotzinho fácil que já se viu montes de vezes: rapaz na facção má mas com vontade de ser bom e rapariga mega rebelde que se vai encontrar com o rapaz para salvar o mundo.
Depois lá me fui embrenhando na história, e....bolas! Gostei mesmo disto, sabem? Eu cá me cheira que tenho que começar a ler mais distopias...não gosto, não gosto mas andei doidona em busca do ebook do 2º livro desta trilogia! [Presença, para quando a publicação da "Torch Against The Night?"]
A bem dizer, adorei a personagem do Elias, muito mais do que qualquer outra, e aquele triangulozinho amoroso deixou-me mesmo KO.... admito que possa ter sussurrado em alguns momentos "façam um trio!!!!" mas acho que a Helene não ia nessas cantigas.
Talvez seja melhor colocar aqui um letreiro de SPOILER para vos dizer que uma das minhas partes favoritas, e a parte que mais me partiu o coração, foi quando o Zak confessa que pretendia deixar o irmão mas que não existia sem ele (coloco a citação aqui):
“We’ve been together for so long.” Zak shakes his head. His face is unreadable where the mask hasn’t yet melded. “I don’t know who I am without him.”
E igualmente quando o Marcus confessa o que sente pelo irmão, bem no final. Quem já leu este livro saberá a que momento me estou a referir, porque realmente é aquele momento da história que os vemos como humanos em vez de só como Máscaras. Pelo menos aconteceu-me isso a mim.
Já o contrário acontece com a Helene, que sempre a vi como humana nas suas interações com o Elias mas subitamente fica parva e fica toda de seguir as regras e tal. Para mim esta personagem é um bocadinho incongruente: logo no inicio do livro, vemos que é uma personagem que põe as regras de Blackcliff acima de tudo mas com o desenrolar ela quebra-as sem grande esforço ou pesar. Tudo bem, se calhar ela é motivada por amor...mas é mesmo? Ela curaria mesmo a Laia por amor??? Na minha opinião não, até porque a vi (vimos???) bem violenta quando ficou com ciúmes do Elias, o que me leva a pensar que o amor que ela sente pelo Elias a deixa irracional, tanto para o bem como para o mal. Mas pronto.
Sinceramente, acho que a Helene tem um bom coração e que é movida, sim, pela humanidade que existe dentro de si e que não foi quebrada com todas as regras. Ela curou a Laia porque não podia deixá-la morrer e não a matou por esse mesmo motivo.
O mais irónico é que mesmo que a personagem da Helene não me tenha convencido eu continuo a achar que Helene + Elias é que era!!!! Vamos ver o que o segundo livro nos reserva, estou super ansiosaaaa!
Assim a única coisa que realmente me incomodou, neste livro em particular mas nas distopias em geral, é a quantidade de violência que tem que existir. Porque é que todos os livros deste tipo têm que conter sempre cenas de tortura e maldade extrema? Não pode existir uma distopia softzinha? Temos que andar sempre todos à pancada? Sei lá, chateia-me um bocadinho a contínua tortura que a Keris exercia nas criadas e aqueles Trials eram do mais grotesco possível. E a Helene ainda acha que se tem que viver assim??
(Sim, pronto, ficou um odiozinho à Helene, mas só porque sei que ela tem bom coração e está, provavelmente, só a ser tótó).
Mas também tenho muitas questões que este livro não respondeu. Tipo... e Darin???? TINHAM QUE O LIBERTAR AGORAAAA. Aliás, não foi esse o objectivo de todo o livro? Libertarem o rapaz? E depois no final, já não interessou libertar... não podiamos ter mais 100 páginas e chegar ao Darin? E tipo... A Cook quem é??? E aquele talento da Helene??? E como é que nascem os Augurs?? E aquela criaturas todas mágicas cujo nome já esqueci existem ou não??? E o Nightbringer??? Não faz nada???
Questões, questões.
Aproveito também para enfatizar a coisa mais creepy deste livro: as máscaras! Socorro, só de imaginar caras cobertas por algum material que se molda ao rosto e nunca mais sai, até me dá um ataquezinho de pânico.
E assim concluo esta opinião com o maior desejo de que a Presença lance o segundo livro desta trilogia a tempo de me cair no sapatinho.
E para citação favorita, escolho:
"Existem dois tipos de culpa. Aquele que é um fardo e aquele que te dá um propósito. Deixa que a culpa seja o teu combustível. Deixa que ela te lembre de quem queres ser. Traça uma linha na tua mente e nunca mais a ultrapasses. Tens uma alma. Ela foi ferida, mas está aí. Não deixes que ta tirem."
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Primeira Opinião
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